A negociação de skins - itens virtuais que personalizam personagens, armas e equipamentos em jogos renomados como Fortnite, CS:GO e Call of Duty - tornou-se um mercado de bilhões de dólares e despertou o interesse de especialistas em meios de pagamento. Ricardo Santos, um profissional com vasta experiência no segmento de fintechs, destaca-se ao combinar soluções financeiras ao cenário dos jogos.
Com mais de dez anos de atuação e passagens por grandes empresas de tecnologia, Ricardo contribuiu para a criação de três startups especializadas em meios de pagamento, sendo a mais recente a LiberPay. Essa plataforma, inicialmente focada no trade esportivo, direciona seus esforços para o universo dos games.
Para Ricardo, as skins evoluíram de acessórios puramente estéticos para ativos digitais de valor real, gerando impacto em comunidades, moldando culturas e demandando uma infraestrutura de pagamento sofisticada. Ele afirma: "As skins já não são simples adornos. São ativos com significativa relevância, movimentando comunidades, formando cultura e exigindo um sistema de pagamento à altura desse novo cenário".
Sua trajetória profissional destaca-se por iniciativas que aproximam o consumidor digital das ferramentas de pagamento mais avançadas, especialmente em ambientes como plataformas de jogos e marketplaces virtuais. Ricardo liderou projetos que simplificaram a integração de sistemas de pagamento locais com os ecossistemas globais de jogos, permitindo transações com PIX, e-wallets e até criptomoedas, de forma segura e em tempo real.
Essas ações renderam-lhe prêmios e reconhecimento em premiações tanto nacionais quanto internacionais do setor de tecnologia e finanças. Segundo ele: "A inovação deve ser funcional e acessível. Para mim, trata-se de proporcionar uma experiência sem atritos ao usuário, especialmente no universo gamer, onde a agilidade é essencial".
Ele ressalta que o avanço dos jogos online gerou uma urgência por soluções de pagamento inclusivas. "Estamos presenciando uma demanda por soluções de pagamento inclusivas, principalmente por um público jovem muitas vezes alheio ao sistema bancário tradicional. Nesse contexto, cartões pré-pagos, e-wallets e pagamentos instantâneos fazem toda a diferença", afirma.
Ricardo também alerta para os desafios técnicos e regulatórios do setor. Ele salienta: "Integrar soluções de pagamento em ambientes digitais requer atenção à segurança, escalabilidade e conformidade com normas como o PCI-DSS. Trata-se de um trabalho técnico e estratégico simultaneamente".
O especialista vislumbra um futuro no qual a aquisição de skins estará cada vez mais integrada à rotina dos jogadores. Ele acredita que programas de fidelidade, opções de pagamento simplificadas e o uso de recompensas como moeda serão os próximos passos desse mercado em expansão.
"Os jogos eletrônicos deixaram de ser apenas formas de entretenimento. São agora plataformas sociais, econômicas e culturais. Aqueles que compreenderem essa mudança e desenvolverem métodos de pagamento adequados irão liderar essa nova economia digital", conclui Ricardo.
Artigo escrito por João Florêncio.